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“O que não faz sentido é, por medo de debatermos francamente, escolhermos um caminho que combina o pior dos dois mundos: dinheiro público financiando interesses privados”.
Por Denis Russo Burgierman |
Recentemente com investimentos de R$ 25 milhões para a sua temporada paulista,
ocorrida em 2012, e com mais R$ 5 milhões aprovados pelo Ministério da Cultura
(MinC), via Lei Rouanet, para uma temporada que segue até abril no Vivo Rio, “A
família Addams” se tornou a produção mais cara da história do teatro
brasileiro.
O que traz um velho e atual
questionamento a tona mais uma vez. Opa! Vamos lembrar que isso já ocorreu, por
exemplo, com o Bradesco quando patrocinou a primeira vinda do Cirque du Soleil ao
Brasil, com dinheiro público da Lei Rouanet. O ingresso para as apresentações
custavam algo próximo a um salário mínimo(!?). Mas, vamos em frente... Pergunte
a qualquer diretor de marketing de uma empresa privada ou pública qual é sua
principal obrigação e compromisso quando aprova um projeto de patrocínio, via renuncia fiscal, para uma produção artística e ele dirá: 'produzir lucro e
visibilidade para minha empresa claro!' É importante salientar que as empresas públicas e privadas não possuem a necessária preparação, competência ou responsabilidade com os destinos da educação e da cultura de uma nação... E não é pra ter mesmo! Sendo assim, é absolutamente catastrófico que se continue elegendo
empresas como intermediárias do dinheiro público destinado ao
patrocínio cultural através da renuncia fiscal. Enquanto isso ocorrer, será o
dinheiro público sendo investido no privado e no lucro real das empresas.
Apenas num Brasil capitaniado, desde tempos coloniais, por oligarquias isso
pode acontecer. Lamentável, recorrente e vergonhoso... Já ao o
Sistema Nacional de Cultura (SNC)
Luciano Loureiro
Ps. Acho tão cafona e anacrônica essa ideia de se ficar copiando
espetáculos da Broadway! Você não acha? O
Brasil e sua arte não mereciam isso.
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