Artistas das áreas de Dança, Música, Teatro e Artes Visuais do Rio de Janeiro se reuniram no início da tarde desta terça-feira (10/05) para o lançamento oficial dos quatro editais de fomento à cultura da Secretaria Municipal de Cultura. Ao todo serão destinadas às quatro áreas um total de R$ 26 milhões.
É a primeira vez que a dança carioca será contemplada com um edital exclusivo, o FADA – Fundo de Apoio à Dança. Serão destinados R$ 5 milhões para contemplar 50 projetos, em faixas de prêmios de até R$ 50 mil, até R$ 100 mil e até R$ 200. Durante a cerimônia – realizada no Palácio da Cidade – o prefeito anunciou a duplicação do montante dos prêmios de cada área, subindo de R$ 13 milhões para R$ 26 milhões. O Fundo de Dança passou de R$ 2,5 milhões para R$ 5 milhões, aumentando o número de projetos premiados de 25 para 50.
Os interessados em inscrever projetos terão prazo de 45 dias após a publicação no Diário Oficial. O FADA é destinado a “projetos de dança, compreendendo o processo de criação e de montagem de espetáculos, a circulação no âmbito da cidade do Rio de Janeiro, a memória e a documentação com seu respectivo registro”.
Além do FADA também foram lançados nesta terça-feira o FATE 2011 (Fundo de Apoio ao Teatro), que terá orçamento de R$ 14 milhões; o FAM (Fundo de Apoio à Música), que distribuirá R$ 3 milhões; e o Pró-Artes Visuais, com R$ 4 milhões. O Secretário municipal de Cultura, Emilio Kalil, ressaltou que há outros dois fundos de apoio em análise: o Fundo de Apoio ao Patrimônio Cultural e o Pró-Design.
Representando a classe de dança, Angel Vianna falou sobre a criação do FADA. Ela lembrou que apenas o edital não é suficiente para alavancar a dança carioca. “Os editais são importantes, mas dependendo de muita coisa. Entre elas, de quem fará parte da comissão de seleção dos projetos. A comissão tem que ter conhecimento para ser leal e dar oportunidade a quem está produzindo há anos. Também há poucos teatros”, disse ela, para uma plateia cheia.
O prefeito Eduardo Paes fez um mea culpa lembrando que a Prefeitura tinha uma dívida grande com a área cultural. “Assumi em 2009 e foi um ano muito difícil financeiramente. Agora estamos em outro momento. A ideia é estabelecer uma política permanente, isso é fundamental”. O Secretário municipal de Cultura, Emílio Kalil, afirmou que se preocupa com uma política de continuidade. “É o que mais me preocupa, muito além do evento em si. Queremos dar continuidade à criação artística”, disse Kalil.
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