Maior representante do teatro brasileiro ligado às raízes populares, em 1957 escreveu “O Auto da Compadecida”, uma de suas peças mais conhecidas. Criador do “Movimento Armorial”, voltado ao mapeamento e à valorização de formas populares de arte, também escreveu livros célebres, como o “Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta”, de 1971. Em 2012, o governo brasileiro escolheu o autor para ser indicado ao Prêmio Nobel de Literatura daquele ano.
Ao longo de 87 anos, Ariano soube como poucos revelar as nuances da cultura nordestina. Paraibano, fundou o Movimento Armorial nos anos 70, que tinha como objetivo utilizar a cultura popular para formar um arte erudita. A perda do escritor nos silencia, mas seus livros o eternizam na nossa memória. Em cada peça popular, em cada canto nordestino, Ariano Suassuna, reviverá.
Pensar que vai morrer prejudica a qualidade de vida, e eu sou um apaixonado pela vida" Ariano Suassuna |
“O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.”
Ariano Suassuna
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Carreira
Nascido em João Pessoa (PB), em 16 de junho de 1927, o dramaturgo foi reverenciado pela crítica e pelo público em seus 87 anos de vida, ganhando o título de "Mestre" por seus fãs. Em 3 de agosto de 1989 foi declarado imortal pela ABL.
Entre suas obras, destacam-se a peça "Auto da Compadecida" (1955), que o projetou no cenário nacional e já foi adaptada para a televisão e o cinema, e "O Romance d'A Pedra do Reino" e o "Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta" (1971), também adaptado para TV na microssérie "A Pedra do Reino" (2007), da Globo.
Em entrevista à revista IstoÉ, publicada em 2007, às vésperas de completar 80 anos, o "Mestre" foi questionado se teria encontrado uma maneira de rir da morte. A resposta se tornou eterna: "Eu digo sempre que tenho duas armas para lutar contra o desespero, a tristeza e até a morte: o riso a cavalo e o galope do sonho. É com isso que enfrento essa dura e fascinante tarefa de viver".
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