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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Morreu na tarde desta quarta-feira, 23/7, aos 87 anos, o escritor e dramaturgo Ariano Suassuna.

Maior representante do teatro brasileiro ligado às raízes populares, em 1957 escreveu “O Auto da Compadecida”, uma de suas peças mais conhecidas. Criador do “Movimento Armorial”, voltado ao mapeamento e à valorização de formas populares de arte, também escreveu livros célebres, como o “Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta”, de 1971. Em 2012, o governo brasileiro escolheu o autor para ser indicado ao Prêmio Nobel de Literatura daquele ano.
Ao longo de 87 anos, Ariano soube como poucos revelar as nuances da cultura nordestina. Paraibano, fundou o Movimento Armorial nos anos 70, que tinha como objetivo utilizar a cultura popular para formar um arte erudita. A perda do escritor nos silencia, mas seus livros o eternizam na nossa memória. Em cada peça popular, em cada canto nordestino, Ariano Suassuna, reviverá.

Pensar que vai morrer prejudica a qualidade de vida, e eu sou um apaixonado pela vida"
Ariano Suassuna 

“O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.”
Ariano Suassuna
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Carreira
Nascido em João Pessoa (PB), em 16 de junho de 1927, o dramaturgo foi reverenciado pela crítica e pelo público em seus 87 anos de vida, ganhando o título de "Mestre" por seus fãs. Em 3 de agosto de 1989 foi declarado imortal pela ABL.

Entre suas obras, destacam-se a peça "Auto da Compadecida" (1955), que o projetou no cenário nacional e já foi adaptada para a televisão e o cinema, e "O Romance d'A Pedra do Reino" e o "Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta" (1971), também adaptado para TV na microssérie "A Pedra do Reino" (2007), da Globo.

Em entrevista à revista IstoÉ, publicada em 2007, às vésperas de completar 80 anos, o "Mestre" foi questionado se teria encontrado uma maneira de rir da morte. A resposta se tornou eterna: "Eu digo sempre que tenho duas armas para lutar contra o desespero, a tristeza e até a morte: o riso a cavalo e o galope do sonho. É com isso que enfrento essa dura e fascinante tarefa de viver".




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