Com capacidade para 310 pessoas, teatro será inaugurado nesta quarta
No coração do Rio de Janeiro, ao lado da Praça da República, está localizada a Biblioteca Parque Estadual. O espaço, situado no número 1261 da Avenida Presidente Vargas, tem em sua gênese a antiga Biblioteca Municipal do Rio de Janeiro, inaugurada por Dom Pedro II em 1974. Após algumas mudanças de endereço, a biblioteca ganhou um novo projeto na década de 80, idealizado pelo então vice-governador Darcy Ribeiro. A ideia era unir em apenas um lugar as diversas linguagens artísticas presentes na cidade. É dentro da construção, recentemente restaurada, que será inaugurado na próxima quinta-feira o mais novo espaço de artes cênicas cariocas: o Teatro Alcione Araújo.
– O teatro traz diversas possibilidades de linguagem, como dança, performance, radionovela ou drama. Isso permite uma possibilidade de leitura do mundo, de textos diferentes das palavras que estão apenas publicadas em um livro ou uma revista. Alcione Araújo propunha uma pedagogia da dramaturgia; segundo ele, o texto teatral era uma fonte viva para formar novos leitores – explica a diretora de conteúdo do Instituto Desenvolvimento e Gestão, OS que faz a gestão do Programa de Bibliotecas Parque do Rio de Janeiro, Marta Porto.
Com uma área total de 250m² e capacidade para até 310 pessoas, o Teatro Alcione Araújo possibilita diversas opções de apresentações – palco e plateia podem ser montados em formatos diferentes. Além disso, também conta com um equipamento de ponta para áudio, luz e projeção.
Para a abertura, uma programação em homenagem ao dramaturgo que dá nome ao espaço. A Cia OmondÉ apresenta o espetáculo “Nem Mesmo Todo o Oceano”, baseado em seu romance homônimo. Dirigido por Inez Viana, ele volta aos palcos no dia 17 de julho e faz duas semanas de temporada. Neste período, também será realizado um Ciclo de Leituras apresentado por nomes como o ator Julio Adrião, a escritora Regina Zappa e o presidente da Funarte Gutti Fraga.
Depois, o cronograma fica por conta de diretores convidados que realizarão uma residência de 18 meses. Um dos nomes cogitados é Michel Melamed.
– Todo o trabalho criativo destes diretores será documentado em audiovisual e impresso, que se tornarão parte do acervo da biblioteca, que hoje conta com mais de 250 mil itens. Qualquer pessoa que queira saber qual foi a leitura que o diretor teve sobre aquela montagem ou tenha curiosidade em descobrir os processos criativos por ele experimentados, vai ter acesso em um momento em que a cena cultural carioca necessita muito de novas experimentações – conclui.
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