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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

8º Sarau das Artes da ETET Martins Penna


DATA 26 DE OUTUBRO- SÁBADO- (DAS 10H ÁS 00H)

Entrada gratuita!

10h- tai Chi Chuan
11h30- As Três (música)
12h- Onde está o breu qu há em mim (teatro)
12h30- À primeira vista (teatro)
13h- Suficiente (teatro)
14h- Leitura dramatizada de Caim (teatro)
14h30- Indecisão (teatro)
15h- Chuva de poética (poesia)
15h30- O despertar da primavera (teatro)
16h e 17h- Nossos espaços vazios (dança/teatro)
16h40- West Side Story Pocket (musical)
17h30- Lado B (música)
18h- A Stuart (teatro)
18h30- Nocturne 2x2 (dança)
19h- Coral cênico (música)
20h- A história do comunismo contada aos doentes mentais (teatro)
20h20- Precisamos falar sobre monstros (teatro)
20h40- Desnorteados (teatro)
21h- Manual dois pontos: Insaciável barra móbida(teatro)
21h30- O auto dos matadouros (teatro)
22h- Calabar (teatro)
22h30- Bloco Teatral Filhos da Martins (música)
23h- Brincadeira (teatro)
23h20- Projeto Samba (música)

Teremos a performance EU PRECISO TE DIZER que vai durar 3h e a exposição sobre a vida do Barão do Rio Branco.
Com apresentação de Paschoal Meato.

NEPAA 15 anos - Centro de Letras e Artes UNIRIO



domingo, 20 de outubro de 2013

A Arte Mágica, de Amleto Sartori e Donato Sartori

A Arte Mágica
Autores: Amleto Sartori e Donato Sartori
Tradutora: Maria de Lourdes Rabetti (Beti Rabetti)
Formato: 24 X 29 cm
Número de Páginas: 360
Acabamento: Brochura
ISBN: 978-85-8033-127-1
Lançamento: 2013
O livro que o leitor tem em mãos é uma obra singular. Elaborado sob a curadoria de Carmelo Alberti e Paola Piizzi, este livro reúne textos de autores tão díspares entre si quanto o antropólogo Claude Lévi-Strauss, o historiador Jean-Claude Schmitt, o diretor teatral Giorgio Strehler, os atores Jacques Lecoq e Jean-Louis Barrault — para mencionar apenas alguns —, organizados de maneira que abordam a natureza da máscara e o papel social por ela desempenhado; passeiam por sua história, buscando suas origens e narrando as lendas relacionadas a elas; contam as dificuldades da redescoberta do ofício do “mascareiro” (escultor de máscaras) e das técnicas de elaboração das máscaras; dão espaço para testemunhos pessoais dos Sartori e de colaboradores próximos a eles; e, por fim, descrevem como os longos anos de trabalho culminaram na criação do Museu Internacional da Máscara. Como se não bastasse, o livro está amplamente ilustrado por fotos que documentam as diferentes etapas da pesquisa e das atividades do Centro Máscaras e Estruturas Gestuais e por um belíssimo catálogo de máscaras elaboradas pelos Sartori e sua arte mágica. Um livro para ler, ver e exibir!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Teatro fracassou com público jovem, diz autor escocês; brasileiros discutem crise

GUSTAVO FIORATTI
DE SÃO PAULO


Expoente de geração que combateu tradições do teatro europeu, o dramaturgo escocês Anthony Neilson teme que o experimentalismo tenha sido um tiro no pé, afastando público, especialmente entre os jovens. Ele se refere, principalmente, à falta de repercussão de obras.

O autor diagnosticou a crise e falou sobre o "envelhecimento" do teatro num bate-papo na semana passada em São Paulo e, também, em palestra na última terça no teatro do Sesi. Na opinião de Neilson, as artes dramáticas, ao lado de outros campos de expressão, não conseguiram usar a tecnologia para gerar debates internacionais.

Hoje, ele compara, é fácil ter acesso a músicas pela internet, filmes são lançados em cópias, a literatura também criou plataformas digitais. Mas o teatro, artesanal por natureza, patina isolado em nichos de especialistas e pequenas plateias.


CONTRA A REALEZA

Neilson pertence a uma geração que tentou aproximação com jovens por meio da renovação de linguagem e de proposições temáticas --e admite não ter tido tanto êxito.

Fez parte do chamado In-Yer-Face, grupo que abrigou, entre outros nomes, Mark Ravenhill, autor do niilista "Shopping and Fucking", com seus personagens jovens sem perspectiva. E também Sarah Kane, dramaturga que se matou em 1999, aos 28 anos, e tornou-se mito por sua peça "4.48 Psychosis", sobre depressão.

Negar o passado e as tradições do teatro inglês ("ainda associado às instituições reais do país", diz o autor) também estava na lista de deveres. Só que, dez anos depois, a crise permanece.

"Interatividade hoje é a palavra de ordem, mas, no teatro, ela assusta", conclui.

Pesquisa de julho do Datafolha mostra que, em São Paulo, quem mais vai ao teatro tem entre 16 e 40 anos. Mas o número de quem não frequenta é alto em todas as faixas etárias (veja acima).

João Fonseca, diretor de peças como "Rock in Rio" e "Cazuza", acha que o teatro tem "dificuldade para entrar na casa das pessoas, como faz a música". Também é uma arte que não se associou a um tipo específico de vida social. "Jovens procuram programas onde podem paquerar."

Leonardo Moreira (autor e diretor da nova geração, vencedor de dois prêmios Shell) diz que, na aproximação, não pode haver "olhar paternalista". "Não dá para nivelar por baixo. E não podemos menosprezar a capacidade de entendimento dos jovens."

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

II Seminário Internacional Corpo Cênico: Tradição e Contemporaneidade - UNIRIO 2013





O II Seminário Internacional Corpo Cênico: Tradição e Contemporaneidade, a ser realizado na Escola de Teatro de 21 a 26 de outubro dá continuidade ao I Seminário Internacional Corpo Cênico: Linguagens e Pedagogias, realizado pelo mesmo Grupo de Pesquisa Artes do Movimento, em 2011. Ao passo que o objetivo maior do I Seminário foi o de aprofundar a discussão sobre os estudos do corpo nas Artes Cênicas, com enfoque nas suas diversas linguagens artísticas e pedagogias, em âmbito internacional, o II Seminário busca ampliar a discussão, mapeando sua interface com outras áreas e campos epistemológicos.

A programação do II Seminário Internacional Corpo Cênico contará com a oferta do Curso “Modo Operativo AND (M.O_AND)”, com João Fiadeiro e Fernanda Eugénio, a Oficina de Iniciação à Biomecânica (Meyerhold), com Alexey Levinskiy e a Oficina de Iniciação à Técnica de Nikolais/Louis com Alberto Del Saz, para alunos de Graduação e de Pós-Graduação da UNIRIO, assim como de outras instituições; demonstrações com os artistas docentes convidados; palestras com docentes pesquisadores em âmbito nacional e estrangeiros, tematizando “de que corpo se trata?” Haverá ainda a apresentação de diversas performances dos alunos da Escola de Teatro. Na abertura, homenagem à Professora Tatiana Leskowa, apresentação musical dos professores Elid Bittencourt e André Gardel.

A PROGRAMAÇÃO ESTÁ DISPONÍVEL NO BLOG DO SEMINÁRIO:

http://corpocenico.blogspot.com.br/

TODOS OS EVENTOS SÃO GRATUITOS E ABERTOS

INSCRIÇÕES PARA O CURSO E AS OFICINAS DE 10 A 15/10, PELO EMAIL: ccenico@gmail.com

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Oficinas:

Inscrições abertas de 10/10 a 15/10

FICHA DE INSCRIÇÃO

Preencher e enviar para o endereço: ccenico2@gmail.com.
As inscrições serão confirmadas no dia 17 de outubro, por e-mail.

Nome completo

Endereço, Bairro, CEP, Cidade, Estado

Telefone Celular

E.mail

Formação - Instituição de Origem, Curso, Período

Data de nascimento

Marque “P” para preferencial e “O” para opcional. 
Indique se sua opção for como ouvinte

Oficina de Iniciação à Biomecânica (Meyerhold) com Alexey Levinskiy. 
Dias 21, 22, 23 e 24/10 de 15h-18h
20 vagas + 5 ouvintes 

Oficina de Iniciação à Técnica de Nikolais/Louis com Alberto Del Saz 
Dias 21, 22, 23 e 24/10 de 15h-18h
30 vagas + 5 ouvintes 

Modo Operativo AND (M.O_AND), com João Fiadeiro e Fernanda Eugénio
Dias 21, 22, 23 e 24/10 de 10h-13h 
15 vagas 

Motivação – 5 linhas (máximo)

Mini CV – 3 linhas

Critérios de seleção:
Terão preferência os alunos regulares das seguintes instituições: UNIRIO, UFRJ, UERJ, UFF, FAV e UniverCidade.

Oficina de Iniciação à Biomecânica (Meyerhold) com Alexey Levinskiy. 

Currículo resumido
Ator graduado pelo School-Studio of Moscow Art Theatre (MkhAT) em 1969. Atuou no Satire Theatre, em Moscou, anos 1970. Estudou biomecânica com Nicolai G. Kustov, colaborador de Meyerhold e professor na escola GosTIM nos anos 1930. Formado em direção teatral na The Russian University of Theatre Arts (GITIS), em 1979. Encenou obras de Ostrowsky, Beckett, Molière, Brecht e Shakespeare, entre outros. Atualmente, trabalha como ator e diretor nos teatros OKOLO e Ermolova, em Moscou, e ministra oficinas de biomecânica no The Meyerhold Centre (TMC), na Áustria, Alemanha, EUA, Holanda, Reino Unido, entre outros países. Participou do ECUM/2010 no Brasil. 

Oficina de Iniciação à Técnica de Nikolais/Louis com Alberto Del Saz. 

Currículo resumido
Diretor artístico da Murray Louis and Nikolais Dance Company e codiretor da Nikolais/Louis Foundation For Dance. Nasceu em Bilbao (Espanha). Foi campeão internacional de patinação e integrou o Holiday on Ice International. Recebeu formação em dança no Nikolais Dance Lab (NY), com Hanya Holm, Alwin Nikolais, Claudia Gitelman, Tandy Beal, Beverley Bolssom, entre outros. Integrou a companhia de Alwin Nikolais como solista a partir de 1985. Apresentou-se na Índia, Japão e Brasil entre outros países. Foi solista convidado de Claudia Gitelman, Sara Pearson, Maureen Fleming, Cleo Parker Robinson. Responsável pela manutenção do repertório, técnica e história da dança moderna na Nikolais/Louis Foudantion for Dance. 

Modo Operativo AND (M.O_AND), com João Fiadeiro e Fernanda Eugénio. 

Currículos resumidos
João Fiadeiro - Pertence à geração de coreógrafos que emergiu no final dos anos 1980 dando origem à Nova Dança Portuguesa. Integrou a Cia. de Dança de Lisboa e o Ballet Gulbenkian. Em 1990 funda a Companhia RE.AL que, a partir de 2008, passa a investigar os processos em arte. O método da Composição em Tempo Real, inicialmente desenhado como instrumento de escrita coreográfica, converteu-se numa ferramenta transversal para repensar a decisão, a (re)presentacão e a cooperação, levando-o a aproximar-se das ciências e a lecionar em programas de diversas universidades nacionais e internacionais. Codirige, com Fernanda Eugénio, o AND_Lab | Centro de Investigação Artística e Criatividade Científica.

Fernanda Eugénio - Antropóloga, performer e investigadora. Pós-Doutora pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; Doutora e Mestre em Antropologia pelo Museu Nacional UFRJ. Por dez anos, trabalhou como Pesquisadora Associada e Professora Titular e Adjunta, entre o Centro de Estudos Sociais Aplicados (CESAP, Rio de Janeiro) e a PUC-Rio. Formou-se também em Performance e Dança (Escola Angel Vianna, Rio de Janeiro) e passou a desenvolver um trabalho singular na correlação Antropologia e Dança, investigando usos da etnografia como ferramenta para a criação coletiva de paisagens comuns. Há quatro anos colabora com João Fiadeiro. Desde 2011, vive em Lisboa e codirige o AND_Lab | Centro de Investigação Artística e Criatividade Científica.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

CURSOS: Eugenio Barba ministra oficina gratuita em São Paulo. Inscrições abertas

As inscrições podem ser feitas até o dia 21 de outubro (Divulgação)


Até o dia 21 de outubro, estão abertas as inscrições para a Oficina com Odin Teatret, que será ministrada por Eugenio Barba e atores, visando a troca de ideias compartimentadas entre cada artista e participantes. O curso ocorrerá entre os dias 2 e 6 de novembro, das 10h às 13h, noSesc Belenzinho.
A oficina é gratuita e destinada a jovens atores e estudantes de Artes Cênicas. A seleção será feita através de currículo e carta de interesse que devem ser enviados para o e-mail oficinaodin@belenzinho.sescsp.org.br. Os selecionados serão comunicados por e-mail até o dia 31 de outubro. São 30 vagas.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

DÍVIDA CONSUMIRÁ MAIS DE UM TRILHÃO DE REAIS EM 2014

Observem como é completamente absurda e insana a parte que cabe a saúde, educação e a cultura!  



Maria Lucia Fattorelli (1)

27/9/2013 

O governo federal enviou ao Congresso Nacional a previsão orçamentária para 2014 com a impressionante destinação de R$ 1,002 TRILHÃO de reais para o pagamento de juros e amortizações da dívida, sacrificando todas as demais rubricas orçamentárias. 

Esse dado chocante explica porque vivemos uma conjuntura marcada pela falta de atendimento aos direitos fundamentais e às urgentes necessidades sociais relacionadas principalmente aos serviços de saúde, educação, transporte, segurança, assistência, etc. 

Explica, adicionalmente, o avanço das privatizações representadas pela venda de patrimônio público e entrega de áreas estratégicas que representam estrutura do Estado, comprometendo a segurança e a soberania nacional: 

Portos, aeroportos, estradas, ferrovias, energia, comunicações, e principalmente petróleo. 

As ofertas ao setor privado fazem parte do Programa de Investimento em Logística (PIL) e estão sendo realizadas inclusive em seminário realizado em Nova Iorque (2)  em 25.09.2013, na sede do banco Goldman Sachs (3), com a participação das mais altas autoridades do governo brasileiro. Os discursos da presidenta Dilma, do presidente do Banco Central, BNDES e Ministro da Fazenda presentes no evento manifestaram publicamente a oferta de oportunidades especiais para investimentos privados no País, com a garantia de financiamentos por bancos públicos nacionais e garantias contra eventuais riscos, oferecendo não só o patrimônio, mas convocando o setor privado para participar da gestão do País. 

É evidente que a exigência de crescentes volumes de recursos para o pagamento de juros e amortizações da dívida tem impedido a realização dos investimentos necessários, o que tem sido utilizado como justificativa para a contínua e inaceitável entrega de patrimônio estratégico e lucrativo. 

Cabe realçar especialmente a campanha contra o leilão do Campo de Libra, agendado para outubro próximo, quando se pretende rifar reserva de petróleo superior à soma do que já foi leiloado nas outras quinze rodadas já realizadas durante os governos de FHC e Lula. De acordo com dados do Sindipetro-RJ, a riqueza do pré-sal coloca o Brasil entre os três maiores produtores de petróleo no mundo. Considerando o disposto em nossa Constituição Federal, a capacidade da Petrobrás e o compromisso assumido pela Presidenta Dilma (4) durante sua campanha eleitoral, não há justificativa plausível para o leilão anunciado, por isso todos devemos apoiar e reforçar a campanha “O petróleo tem que ser nosso” (5) , repudiando e requerendo o cancelamento desse leilão. 

Para continuar alimentando o Sistema da Dívida em âmbito nacional e regional, o governo sacrifica o povo com pesados tributos, ausência de retorno em bens, serviços e investimentos, e ainda rifa o patrimônio público. 

Por isso perseveramos com os trabalhos da Auditoria Cidadã, exigindo a realização da auditoria e completa transparência desse perverso Sistema da Dívida.

--- 
1 Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida www.auditoriacidada.org.br  
2 The Brazil Infraestructure Oppportunity http://noticias.band.uol.com.br/the-brazil-infrastructure-opportunity/ 
3 Quem é Goldman Sachs: http://www.youtube.com/watch?v=eDNWitV5PBg&feature=youtu.be 
4 Fala da Presidenta Dilma durante a campanha de 2010: http://www.sindipetro.org.br/w3/ 
5 O petróleo tem que ser nosso: http://www.apn.org.br/w3/ 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Galpão no Rio de Janeiro! 'Os Gigantes da Montanha'


Na próxima semana, o espetáculo 'Os Gigantes da Montanha' 

(Direção de Gabriel Villela) 
Estreia no Rio de Janeiro. 


Programa-se! 



SERVIÇO:



10 a 13 de outubro

quinta a sábado - 19h e domingo – 18h 
Monumento aos Pracinhas
(Aterro do Flamengo / Avenida Infante Dom Henrique, 75 – Glória)
*Acesso gratuito com estacionamento no local

Classificação: livre
Duração: 80 minutos
Gênero: Fábula trágica
Acesso Gratuito







...

Carta do Eduardo Moreira, do Grupo Galpão, sobre a polêmica da cobrança do espaço para fazerem o espetáculo no Aterro.


por Eduardo Moreira 18 de outubro, 2013

"O Grupo Galpão acabou de estrear no Rio de Janeiro, com grande sucesso e repercussão, seu último espetáculo “Os Gigantes da Montanha”, de Luigi Pirandello, com direção de Gabriel Villela.

As quatro apresentações realizadas em frente ao Monumento aos Pracinhas Brasileiros Mortos na Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, reuniram 10 mil espectadores, de quinta a domingo.

Além da repercussão na imprensa em geral, o Galpão recebeu inúmeras manifestações e mensagens saudando a parceria com Gabriel Villela, um marco para o teatro brasileiro, desde a montagem de “Romeu & Julieta”, em 1992.

Entre as muitas saudações e críticas positivas de “Os Gigantes da Montanha”, pipocaram também manifestações de protesto e de solidariedade ao grupo, pelas dificuldades que tivemos em conseguir um espaço público que comportasse nossas apresentações no Rio.

De fato, como já havia sido revelado em nosso blog, todas as tentativas de liberação dos espaços inicialmente selecionados – parque dos Patins (na Lagoa Rodrigo de Freitas), praia do Leme e praça Quinze – deram com os burros n’água. As justificativas foram impedimentos legais e ocupações previamente agendadas.

Se não podemos falar em dificuldades intencionalmente criadas pelo poder público, é certo que as iniciativas de apoio também não existiram. Esgotadas as primeiras possibilidades, outros espaços foram cogitados: Lapa, Fundição Progresso, Cinelândia e a praça do Centro Cultural dos Correios.

Novamente diante das dificuldades de liberações, nos vimos sem tempo hábil para organizar a produção do evento, inicialmente programado para final do mês de agosto. Foi quando, no final de julho, surgiu a possibilidade de conseguirmos o espaço do Monumento dos Pracinhas. O local era perfeito e já havia sido cogitado pelo próprio grupo para as apresentações da remontagem de “Romeu & Julieta”, realizadas no Rio, em 2012. O monumento, assim como toda a área do Aterro do Flamengo, é considerado de jurisdição federal. No caso específico dos Pracinhas, o espaço é controlado pelo Ministério do Exército.

Diante das dificuldades de encontrar outro lugar e das excepcionais condições oferecidas pelo Monumento para a montagem do espetáculo e a acomodação do público, firmamos um contrato com a administração do monumento. Nesse contrato ficou acertado que, pelo pagamento do valor de R$ 18.000 (dezoito mil reais), poderíamos dispor do espaço externo e das escadarias do monumento por quatro dias (10, 11, 12 e 13 de outubro), além de suas dependências internas, utilizadas como camarim e depósito de objetos de cena e figurinos nos dias de apresentação.

É bom que se esclareça que o contrato e o pagamento foram exemplarmente acertados e cumpridos entre ambas as partes, sendo que o Galpão só tem elogios ao tratamento que recebeu tanto da direção quanto dos funcionários do monumento.

O combinado não sai caro e a assinatura do contrato com a direção do monumento foi uma opção conscientemente tomada pelo Galpão e está fora de discussão. O que precisa ser matéria de reflexão são as dificuldades cada vez maiores que vêm sendo apresentadas para a realização de qualquer evento cultural em espaços públicos. Os entraves burocráticos, as cobranças de taxas e outras exigências legais estão tornando inviáveis as apresentações de teatro de rua.


E isso não é exclusividade da cidade do Rio de Janeiro. Em Belo Horizonte, a utilização das encostas da Praça do Papa ficou condicionada à exigência da Fundação de Parques e Jardins de custearmos um possível replantio de sua grama, além de um complexo processo de aprovação do evento, agravado pela proximidade da Copa das Confederações. A isso tudo, soma-se a exigência de aprovação de croquis de mapas de cenários, gradeamento, banheiros químicos, limpeza urbana, ambulâncias, ARTs, etc.. No Rio, quando tudo parecia finalmente arranjado, surgiu de última hora a cobrança, pelo Ministério da Fazenda (esfera federal), de uma taxa por metro quadrado ocupado pelo cenário da peça e pelas quinhentas cadeiras disponíveis para a acomodação do público.

Mais do que associar essas dificuldades e entraves a circunstâncias de política municipal e estadual da cidade do Rio de janeiro, é preciso que levantemos uma ampla discussão sobre a utilização artística dos espaços públicos não só nessa cidade, mas em âmbito nacional.

Cada vez mais estamos ficando à mercê de exigências e burocracias (municipais, estaduais e federais) que coíbem e sufocam o desenvolvimento e a proliferação de manifestações artísticas no espaço público de cidades brasileiras. Além de não apoiar e incentivar a arte, o poder público no Brasil está passando a dificultar e punir, sob a pretensa justificativa de regulamentar.

E a maior vítima disso tudo é a democratização da arte e da cultura, num país tão carente desses valores como é o Brasil, onde 90% dos municípios não possuem teatros ou casas que possam receber espetáculos teatrais."

domingo, 6 de outubro de 2013

Chegou a vez do Rio de Janeiro receber a exposição “Campo de Refugiados no Coração da Cidade”!





Médicos Sem Fronteiras está montando estruturas semelhantes aos de um acampamento real no Parque Lage e convida as pessoas a conhecerem de perto a realidade vivida por milhões de pessoas por todo o mundo. Você tem de 4 a 13 de outubro para visitar a mostra e sentir-se na pele de um refugiado. 
A entrada é gratuita. 





Pensadores da encenação moderna: ressonâncias no teatro contemporâneo - UERJ


Pensadores da encenação moderna: ressonâncias no teatro contemporâneo.
08, 10 e 17 de outubro - UERJ

08/10 - 
Stanislavski e Meyerhold: marcos da encenação moderna Teatralidade do real ou poesia cênica?
O efeito Brecht no teatro do século xx
Artaud: sol, lua ou eclipse talvez...

10/10 - 
Eugênio Barba e os teatros do mundo
Peter Brook e a poética do espaço vazio
A visualidade na cena de Bob Wilson 

17/10 - 
A revolução Grotowskiana
Kantor: o teatro no risco do real
A cena contemporânea: teatralidade e performance

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