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terça-feira, 18 de outubro de 2011

THÉÂTRE DU SOLEIL - de 08 a 19 de novembro no Rio de Janeiro



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Clique aqui para saber sobre o evento


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THÉÂTRE DU SOLEIL

Os Náufragos da Louca Esperança 
(Les Naufragés du Fol Espoir2)
Direção ARIANE MNOUCHKINE .
Música JEAN-JACQUES LEMÊTRE
Com 
mesdemoiselles 
EVE DOE-BRUCE . JULIANA CARNEIRO DA CUNHA . ASTRID GRANT . OLIVIA CORSINI . PAULA GIUSTI ALICE MILLÉQUANT . DOMINIQUE JAMBERT . PAULINE POIGNAND . MARJOLAINE LARRANAGA Y AUSIN . ANA AMELIA DOSSE . JUDIT JANCSO . ALINE BORSARI . FREDERIQUE VORUZ
E a voz de GABRIELA RABELO

messieurs 
JEAN-JACQUES LEMETRE . MAURICE DUROZIER . DUCCIO BELLUGI-VANNUCCINI . SERGE NICOLAY SEBASTIEN BROTTET-MICHEL . SYLVAIN JAILLOUX . ANDREAS SIMMA . SEEAR KOHI
ARMAND SARIBEKYAN . VIJAYAN PANIKKAVEETTIL . SAMIR ABDUL JABBAR SAED . VINCENT MANGADO SEBASTIEN BONNEAU . MAIXENCE BAUDUIN . JEAN-SÉBASTIEN MERLE . SEIETSU ONOCHI
A lendária CIA Francesa dirigida por Ariane Mnouchkine desembarca pela primeira vez no Rio de janeiro para uma série de 10 apresentações na HSBC Arena
Em sua segunda turnê pela América do Sul1, o lendário THÉÂTRE DU SOLEIL, de Ariane Mnouchkine, desembarca pela primeira vez no Rio de Janeiro no próximo dia 29 de outubro para preparar a temporada carioca de seu mais recente espetáculo, Os Náufragos da Louca Esperança (Les Naufragés du Fol Espoir2), que ocupa a HSBC Arena de 8 a 19 de novembro. Para receber o espetáculo, o espaço interno da HSBC Arena foi reconfigurado. Seguindo os padrões adotados pela companhia em todas as turnês, ergueu-se, nos limites da quadra principal de esportes, uma estrutura de 10m de altura que reproduz o espaço cênico e o bar da Cartoucherie de Vincennes – a antiga fábrica de munição do exército francês nos arredores de Paris, que abriga a sede e o teatro da companhia.

O Teatro da Utopia


Exceção feita, claro, à Comédie Française, o THÉÂTRE DU SOLEIL é a única companhia de teatro em atividade há mais de 47 anos na França. Encarar a utopia de frente e restituí-la ao espectador das mais variadas maneiras através de sua arte tem sido uma das marcas registradas da trupe liderada por Ariane Mnouchkine desde a sua fundação em maio de 1964 como uma Sociedade Cooperativa Operária de Produção – em outras palavras, uma empresa baseada na associação voluntária de artistas e técnicos e gerida coletivamente.

Os Náufragos da Louca Esperança não foge à regra. Disposta a expulsar os miasmas políticos dos últimos anos com os ventos generosos da ribalta, a principal artífice do THÉÂTRE DU SOLEIL encontrou no romance póstumo de Júlio Verne Os Náufragos do Jonathan – que relata a edificação no Cabo Horn, ao extremo Sul do Chile, de uma pequena sociedade, pelos sobreviventes de um naufrágio – um ponto de partida para reinventar na cena os ideais iluministas rousseaunianos que impulsionaram a Revolução Francesa, e que, mais de dois séculos depois, moveriam os heróis da Resistência a redigir a carta constitucional da V República, promulgada em 1958, no rastro da II Grande Guerra.

Com 30 atores desdobrando-se em diversos papéis, trilha sonora original executada ao vivo pelo músico e compositor Jean-Jacques Lemêtre (um dos mais antigos integrantes da companhia), legendas e narração em português, e quatro horas de duração, o espetáculo, que estreou na França em fevereiro de 2010, poderá ser apreciado pelo público do Rio com uma vivência que já se tornou tradição na Cartoucherie. Por um custo adicional, o espectador pode saborear o menu degustação especialmente criado para o evento pela Cabral Caminha Culinária Brasileira (confira o cardápiocompleto na página 5) enquanto observa os camarins e testemunha a preparação dos atores para entrar em cena. Os portões da HSBC Arena serão abertos duas horas antes de cada apresentação. Nos primeiros 30 minutos, o público será acomodado em um lounge, com opção de consumir vinho, refrigerantes, água, quiches e pastéis variados. Em seguida, terá acesso ao espaço de convivência entre o bar e os camarins, onde será servido o menu degustação.

As múltiplas camadas da reconstrução cênica do romance de Verne por Ariante Mnouchkine e sua Trupe
Colaboradora da companhia há 30 anos, Hélène Cixous, imprimiu à sua primeira adaptação teatral da obra de Verne uma aura de lucidez e gravidade extraída do livro de memórias Mundo de Ontem – Recordações de um Europeu, escrito no Brasil em 1941 por um Stefan Zweig prestes a cometer suicídio. Nele, o autor austríaco se debruça sobre o período que antecede à eclosão da I Guerra Mundial, quando , na aurora do século XX, “a tempestade de orgulho e confiança que se espraiava sobre a Europa revelava-se, também, carregada de nuvens”.

As improvisações sobre esse primeiro tratamento do texto, levaram Ariane e sua trupe a criar o que se chama de uma mise en abîme. Ou seja, uma história dentro da história, dentro da história, e assim indefinidamente – como uma babuska, a tradicional bonequinha russa que se desdobra e se multiplica numa sucessão vertiginosa de réplicas de si mesma.

As aventuras do navio e de seus passageiros, partindo de Cardiff em 1895 e indo soçobrar ao longo da Terra do Fogo durante o inverno austral, são narradas através de um filme mudo, rodado em 1914 por uma equipe ainda principiante, em um cabaré à margem do rio Marne, transformado em estúdio amador.

As filmagens da alegoria do naufrágio acontecem, em ritmo frenético, durante as cinco semanas de marcha para a guerra. E o público é convocado a alternar sua atenção entre três planos narrativos: as recordações de um dos atores do filme, através da voz off de sua neta, pontuando tanto as circunstâncias que envolvem o que se passa no set quanto o pano de fundo político da Europa pré-guerra; a vida que pulsa no estúdio improvisado no cabaré à beira do Marne; e as legendas da fita, que está sendo rodada da forma como seria apresentada nas salas de exibição – com os atores mexendo os lábios sem emitir um som sequer, arregalando os olhos, tremendo e agitando-se, exatamente como nos idos do cinematógrafo da belle époque.

Esse espetáculo sobre um mundo ao mesmo tempo sem rumo e em formação, esse espetáculo do espetáculo, muda de foco ao sabor das intempéries humanas. Passamos de uma espécie de panorâmica moral e política, com uma pregação inflamada nas geleiras austrais a propósito da fraternidade reconsiderada por Marx, a um zoom sobre uma polia, uma iluminação, um acessório, um detalhe, um quase nada que de repente assume proporções insondáveis.

Há gags, dramas, cenas de bravura, de erotismo, e, sobretudo, um sopro de recapitulação e revolta, nesta encenação mágica que, à semelhança do que se lê na última legenda do filme, lança sobre o teatro e a sétima arte “o clarão obstinado do farol”.

Informação para a imprensa:Angela de Almeida - Verbo Virtual
email: angeladealmeida@verbovirtual.com.br

6 comentários:

  1. EXIBIÇÃO DE FILME E ENCONTRO COM CATHERINE VILPOUX
    Encontro com a cineasta após a apresentação do documentário Ariane Mnouchkine - L´Aventure du Théâtre du Soleil sobre a diretora e sua companhia.
    Ariane Mnouchkine - A Aventura do Théâtre Du Soleil (França, 2009) - Catherine Vilpoux conta neste filme o percurso emblemático de Ariane Mnouchkine: suas inspirações, seu sonho de teatro, seu amor pelo cinema, sua única e extraordinária ligação com o público. Através de numerosos arquivos, alguns deles inéditos, trechos de apresentações, sessões de trabalho e etapas de viagens e entrevistas, se revela o retrato profundo do THÉATRE DU SOLEIL e seus compromissos artísticos e políticos na França e no exterior. Ganhador do Prêmio IBSEN, em Oslo, 2009.
    CATHERINE VILPOUX é cineasta, trabalhou nas áreas de dança e teatro para a televisão e cinema. Para ela ficou a missão de transformar as 158 horas de filmagens de Au Soleil Même la Nuit nos 162 minutos deste documentário. Ela também apresentou ao lado de Eric Darmon, o filme La Ville Parjure ou Le Réveil des Erinyes e participou da edição do filme Tambours sur la Digue.
    Intérprete/Assistente: Naruna Bomfim de Andrade ou Pedro Guimarães
    Datas: 19/11 (sábado), 15h às 18h
    Valor: Gratuito (distribuição de senhas com 30 min. de antecedência)

    ENCONTRO COM MAURICE DUROZIER
    Uma Conferência/Espetáculo sobre o ator: Palavra de Ator (reflexões sobre o trabalho do ator a partir da vivência no THÉÂTRE DU SOLEIL e suas influências artísticas).
    MAURICE DUROZIER ingressou no THÉÂTRE DU SOLEIL no começo dos anos 80 para o ciclo shakespeariano e, em 1988, tendo como companheiro de aventura o grande Georges Bigot, passou três meses entre Fortaleza e o Cariri, trabalhando com 60 atores locais, a convite da então secretária da Cultura do Ceará, Violeta Arraes. No começo dos anos 90, deixa o Soleil para criar sua própria companhia, Les Voyageurs de la Nuit, para a qual escreve, dirige e atua. Em 2002, em busca de um reencontro com as fontes de seu trabalho, retorna ao grupo, onde permanece até hoje. Recentemente dirigiu Romeu e Julieta com o Théâtre Afthab, em Cabul, no Afeganistão.
    Intérprete/Assistente: Aline Affonso Borsari
    Datas: 21/11 (segunda), 10h às 13h
    Local: Espaço Sesc/ Multiuso
    Valor: Gratuito (distribuição de senhas com 30 min de antecedência)

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  2. Oficinas do Théâtre du Soleil

    Para se inscrever, preencha e envie a ficha de inscrição para o email soleil.oficinas@gmail.com com a principal oficina escolhida no assunto do e-mail.

    OFICINA COM SERGE NICOLAI E OLIVIA CORSINI
    IMPROVISAÇÕES TEATRAIS - As atividades têm como base a improvisação e jogos cênicos que utilizam a música como ponto de partida. Os participantes devem usar roupas confortáveis, de cores neutras e sem marcas aparentes.
    SERGE NICOLAI entrou para o THÉÂTRE DU SOLEIL em 1997, no espetáculo Et Soudain des Nuits d¿Éveil. Desde então desenvolve diversos personagens nos espetáculos da companhia, aprofundando-se nas improvisações que compõem o processo criativo da companhia.
    OLIVIA CORSINI é atriz e entrou na companhia em 2002. Antes disto, trabalhou com o diretor colombiano Henrique Vargas e com alguns atores do Odin Teatret, na Itália.
    Intérprete/Assistente: Fabiana Mello e Souza
    Data: 10/11 (quinta), 9h às 15h (intervalo de 12h às 13h)
    Local: Espaço Sesc / Multiuso
    Rua Domingos Ferreira, 160 - Copacabana
    Até 25 participantes
    Idade Mínima: 18 anos
    Valor: R$ 100,00 (associados do Sesc Rio têm 20% de desconto)

    OFICINA COM DUCCIO BELLUGI
    IMPROVISAÇÕES TEATRAIS / TEATRO TRADICIONAL DE MÁSCARAS - As atividades têm como base a improvisação e jogos cênicos que utilizam as tradicionais máscaras do teatro. Os participantes devem usar roupas confortáveis, de cores neutras e sem marcas aparentes.
    DUCCIO BELLUGI é ator e cenógrafo, formado pela escola de Marcel Marceau, estudou com Pina Bausch, Jacques Lecoq, Etienne Decroux, Annie Fratellini e desde 1987 trabalha com o THÉÂTRE DU SOLEIL em seus espetáculos, participando de todos os filmes realizados pela companhia até hoje.
    Intérprete/Assistente: Ana Amelia Carneiro da Cunha
    Data: 14/11 (segunda), 10h às 17h (intervalo de 12h às 13h)
    Local: Espaço Sesc / Mezanino
    Até 25 participantes
    Idade Mínima: 18 anos
    Valor: R$ 100,00 (associados do Sesc Rio têm 20% de desconto)

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  3. OFICINA COM JULIANA CARNEIRO DA CUNHA E MAURICE DUROZIER
    IMPROVISAÇÕES TEATRAIS - As atividades têm como base a improvisação e jogos cênicos que utilizam a música como ponto de partida. Os participantes devem usar roupas confortáveis, de cores neutras e sem marcas aparentes.
    JULIANA CARNEIRO DA CUNHA é atriz, bailarina e intérprete. Destacou-se na cena brasileira por seu trabalho em As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant, de Fassbinder, em 1982, e Mão na Luva, de Oduvaldo Vianna Filho, em 1984. Desde os anos 1990 integra a trupe do THÉÂTRE DU SOLEIL, onde desenvolveu diversos espetáculos. No cinema, marcou forte presença em Lavoura Arcaica, de Luiz Fernando Carvalho.
    MAURICE DUROZIER ingressou no THÉÂTRE DU SOLEIL no começo dos anos 80 para o ciclo shakespeariano e, em 1988, tendo como companheiro de aventura o grande Georges Bigot, passou três meses entre Fortaleza e o Cariri, trabalhando com 60 atores locais, a convite da então secretária da Cultura do Ceará, Violeta Arraes. No começo dos anos 90, deixa o Soleil para criar sua própria companhia, Les Voyageurs de la Nuit, para a qual escreve, dirige e atua. Em 2002, em busca de um reencontro com as fontes de seu trabalho, retorna ao grupo, onde permanece até hoje. Recentemente dirigiu Romeu e Julieta com o Théâtre Afthab, em Cabul, no Afeganistão.
    Data: 15/11 (terça), 10h às 18h (intervalo de 12h às 13h)
    Local: Espaço Sesc / Mezanino
    Até 25 participantes
    Valor: R$ 200,00 (associados do Sesc Rio têm 20% de desconto)
    Idade Mínima: 18 anos

    OFICINA COM JEAN-JACQUES LEMÊTRE
    TEATRO E MÚSICA - O músico, compositor e intérprete coordena esta oficina em que aborda o trabalho de produção das trilhas sonoras (ao vivo e gravadas) para teatro e cinema. Os participantes não precisam trazer instrumentos. Jean-Jacques trabalhará corpo e voz.
    JEAN-JACQUES LEMÊTRE é músico, compositor e performer, também conhecido por ser um criador/construtor de instrumentos musicais. Ele toca e tem mais de 2800 instrumentos musicais, dos quais pelo menos 700 são criações únicas. É um entusiasta do jazz, e encontrou sua família de artistas, trabalhando com o THÉÂTRE DU SOLEIL a convite de Ariane Mnouchkine desde a criação de Mephisto em 1979. Professor, ensina na França e em muitos outros países.
    Jean-Jacques Lemêtre compõe também para o cinema, tendo trabalhado para filmes, especialmente de David Lynch, Sally Potter e Raymond Depardon. Lemêtre é um dos raros detentores de um Prêmio Molière, maior prêmio do teatro francês, na categoria música para teatro. Grande pesquisador, Jean-Jacques é detentor de um patrimônio precioso constituído ao longo dos últimos 20 anos: o registro de mais de 1.800 línguas e dialetos em todo o mundo, unicamente vozes faladas, que são para ele como muitas notas, com as quais espera compor um poema sinfônico.
    Intérprete/Assistente: Carlos Bernardo
    Datas: 16 e 17/11 (quarta e quinta), 9h às 15h (intervalo de 12h às 13h)
    Local: Espaço Sesc/ Mezanino
    Até 35 participantes (músicos interessados em teatro e também para atores, bailarinos e professores de teatro)
    Valor: R$ 200,00 (associados do Sesc Rio têm 20% de desconto)
    Idade Mínima: 18 anos

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  4. Crítica: Os náufragos da louca esperança barbara heliodora
    o globo | 21:16h | 09.nov.2011

    Uma experiência teatral para toda a vida
    O Théâtre du Soleil está mostrando pela primeira vez aos cariocas a razão de sua fama; e a razão é que eles fazem exatamente “teatro”, utilizando todas as mais tradicionais ideias e técnicas dessa arte, ligadas a imensa carga de imaginação e, com isso, sendo tremendamente atraentes para os tempos e as gentes de hoje. A intimidade provocada pelo longo $em que a equipe, numerosa, trabalha junto não desgasta, e sim, provoca e enriquece cada ator e o leva a formar um clima uno, em que todos se dedicam ao mesmo ideal.

    No vasto espaço erguido na Arena HSBC vemos um grupo que, em 1914, faz um filme sobre os fatos que antecederam a Primeira Guerra e a história dos náufragos do navio Louca Esperança, encalhado na Terra do Fogo. Inútil tentar rascunhar o que seja a ação, mas é simplesmente fantástico o resultado: os que fazem o filme, os que nele atuam e os acontecimentos que cercam os náufragos se entrelaçam, narrando, divertindo, comovendo, $conta de um conteúdo farto de crítica social e política, mostrando a amplitude do alcance do bom teatro, tendo por base um texto cuja criação coletiva é organizada com precisão por Hélène Cixous.

    Ao lado de projeções, no espaço planejado por Everest Canto de Montserrat, há recursos cenográficos da Itália do século XVI, todos manipulados pelos atores em cena, incontáveis figurinos que evocam e criticam, música exemplar, composta e executada por Jean-Jacques Lemêtre, que recorre a Tchaikovsky, Shostakovitch, Stravinsky e todos os que ele sente ser o certo para aquele momento. A direção é de Ariane $, que há 40 anos guia com mão firme e inspirada o Théâtre du Soleil.

    Cerca de 30 atores participam do espetáculo, interpretando dezenas de personagens, todos contaminados pelo espírito do grupo, todos atores de bom ou ótimo nível, e apresentando, sem dúvida, uma das maiores e melhores experiências teatrais que os cariocas verão em toda a sua vida de espectadores. “Os náufragos da Louca Esperança”, enfim, é teatro no melhor e mais apaixonante sentido dessa arte fugidia, mas que, mesmo acabando quando baixa a cortina, pode, como aqui, nos deixar permanentemente

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  5. Théâtre du Soleil...Se o objetivo do era a critica social e a exploração de recursos cenográficos, pra mim, 90 minutos bastariam. Depois disso foi um Déjà vu sem fim.
    Eles são impecáveis, tecnicamente falando. Contudo, para aquilo que localizei como proposta cênica deles, assistir as últimas duras horas foi uma recorrência daquilo que já havia sido mostrado. Talvez, para aqueles que assistiram a esse tipo de proposta cênica pela primeira vez seja uma experiência libertadora. Para mim foi longo demais para não me nutrir das coisas (minha fome) que busco no teatro.

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