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sábado, 29 de setembro de 2018

O ministro Luiz Fux, do STF, num claro ataque aos valores mais básicos da democracia.


O ministro Luiz Fux, do STF, num claro ataque aos valores mais básicos da democracia, e repetindo a prática - já usual - da 12ª Vara Federal em Curitiba que proibira entrevistas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, suspendeu na noite desta sexta, dia 28 de setembro de 2018, uma liminar anteriormente concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski que autorizava Lula de dar entrevista à Folha de São Paulo na prisão. Não satisfeito com tal decisão arbitrária, o ministro Luiz Fux vai além: ressuscita a CENSURA quando determina que se a entrevista já tiver sido realizada, sua divulgação estará proibida. 
Apesar da decisão de Lewandowski em afirmar categoricamente que "não raro, diversos meios de comunicação entrevistam presos por todo o país, sem que isso acarrete problemas maiores ao sistema carcerário [...] Portanto, permitir o acesso de determinada publicação e impedir o de outros veículos de imprensa configura nítida quebra no tratamento isonômico entre eles, de modo a merecer a devida correção de rumos por esta Suprema Corte", o “ilustríssimo” magistrado Fux em sua sentença determina “[...]que o requerido Luiz Inácio Lula da Silva se abstenha de realizar entrevista ou declaração a qualquer meio de comunicação, seja a imprensa ou outro veículo destinado à transmissão de informação para o público em geral". 
Até mesmo a Folha de São Paulo, através das palavras de seu advogado Luís Francisco Carvalho Filho, manifestou-se afirmando que "a decisão do ministro Fux é o mais grave ato de censura desde o regime militar. É uma bofetada na democracia brasileira. Revela uma visão mesquinha da liberdade de expressão".
Fux, claramente, muito menos que um ministro do STF, e com toda probidade que o cargo exige, agiu político-partidariamente com o objetivo de calar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo que o preço a se pagar seja o de impedir a livre expressão e o exercício do jornalismo. 

L.L.


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