Desde os tempos imperiais
Apesar de estipulado em carta régia de 20 de novembro de 1800, o ensino de artes no Brasil só foi oficializado 16 anos depois, com a criação da Escola Real das Ciências, Artes e Ofícios, a partir de decreto-lei de D. João VI. O primeiro centro de estudos artísticos do país passou por alguns endereços e nomenclaturas até se tornar parte integrante da UFRJ, em 1971. Completando 195 anos de fundação, a hoje Escola de Belas Artes (EBA/UFRJ) vem se expandindo na Cidade Universitária, onde está instalada, e para a Lapa, com a construção de um centro cultural.
O movimento pela implantação do centro cultural teve início quando a então diretora da EBA/UFRJ Angela Ancora da Luz localizou o testamento deixado pelo professor Belmiro de Almeida, no qual o pintor transferia para a escola bens como a casa em que viveu e sua coleção particular de arte. A moradia, no entanto, foi demolida, e o acervo, pulverizado, só restando o terreno no número 78 da Avenida Mem de Sá, onde, até o fim do processo de reintegração de posse movido pela UFRJ, funcionava um estacionamento.
— Hoje, o espaço, que será voltado para jovens artistas, está fechado e protegido por seguranças — diz Carlos Gonçalves Terra, diretor da EBA/UFRJ. — Como a região faz parte de um corredor cultural, estamos aguardando um alvará de funcionamento da prefeitura. Quando for expedido, iremos buscar incentivos para a construção do centro cultural, onde funcionarão uma galeria de arte, um teatro e salas de aula.
Já os novos módulos que estão sendo construídos na Cidade Universitária irão abrigar os cursos de Escultura, História da Arte, e Conservação e Restauro — os dois últimos criados em 2009 e 2010, respectivamente.
— O prédio já está sendo erguido atrás das instalações da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Aos poucos, outros anexos a esse edifício também vão ser construídos, mas o processo ainda está em fase de discussões internas — informa Terra.
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