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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O site Novas Dramaturgias entra no ar nesta quarta-feira com festa no Gláucio Gill


RIO - Aquecida desde o começo dos anos 2000 pelo surgimento de uma nova geração de autores, a dramaturgia brasileira recebe a partir de hoje um site inteiramente dedicado aos textos teatrais que atravessaram os palcos do país na última década. Idealizado pela pesquisadora Beatriz Resende, a antologia @dramaturgia - Novas Escritas Cênicas ganha residência virtual no endereço www.novasdramaturgias.com , que estará de portas abertas a leitores interessados em dramaturgia contemporânea.
- O sentido do que é dramaturgia mudou muito, por isso falamos em novas escritas cênicas, porque hoje o texto realmente se completa na cena - diz Beatriz. - Se você pensar no trabalho da Christiane Jatahy, por exemplo, há um texto-suporte, mas a dramaturgia se realiza no ato, e com o complemento de novos recursos tecnológicos. E justo por ser uma dramaturgia não-canônica, ou seja, não é um texto em papel, há muita dificuldade de ter acesso à base do texto e à proposta desses autores. Por isso resolvemos publicar seus trabalhos numa plataforma eletrônica. Achamos que estaria mais de acordo com esse diálogo com a tecnologia do que se lançássemos em papel.
Professora da Escola de Teatro da UniRio, Beatriz reuniu um verdadeiro banco de peças, entrevistas, material audiovisual e referências sobre diversas produções artísticas de 21 autores, como Roberto Alvim, Jô Bilac, Mario Bortolotto, Christiane Jatahy, Pedro Brício, Carla Faour, Alessandra Colassanti, Rodrigo Nogueira, Felipe Rocha, Henrique Tavares, Michel Melamed e Walter Daguerre.
- Vamos disponibilizar os textos para download, >res
Além de divulgar a obra e aproximar o público dos autores, o site traz como meta uma inquietação de Beatriz, a de quebrar barreiras geográficas e fazer com que toda uma nova escritura cênica possa ser colocada em palco fora do eixo Rio-São Paulo. Convergência é a palavra-síntese do mais novo portal dedicado à dramaturgia brasileira.
- Por exemplo, um grupo do Norte do país decide montar um trabalho... Vamos facilitar o acesso ao texto e ao autor, disponibilizando contatos e informações sobre a obra - explica Beatriz. - A ideia é de convergência cultural, o que também tem a ver com o diálogo entre múltiplas linguagens e recursos que rege essa nova dramaturgia. Então, é claro, queremos divulgar, mas também provocar uma discussão sobre os caminhos e a criação desses novos autores.



Fonte: Jornal O Globo Digital em 28/09/2011

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